O Livro de Fausto
O gabinete do doutor Fausto
Inspirando-se num antigo personagem, um homem quase lendário, o doutor Fausto, Goethe criou um dos mais estranhos livros que a literatura moderna conheceu, misturando fantasias góticas com o primado da ciência. Segue-se uma narrativa dos seus primeiros capítulos do chamado o primeiro Fausto, escrito em 1808.
O Lamento do Doutor Fausto
Quereis sem freio ou visão estreita/ Provar de tudo sem medida."
Goethe - Fausto, 1ª parte, 1808
O Enredo
No afã de superar os conhecimentos de sua época, evoca Fausto espíritos e, por fim, Mefistófeles, o demônio (palavra que significaria, etimologicamente, inimigo da luz) - com o qual negocia viver por vinte e quatro anos sem envelhecer.
Durante este tempo, conforme o contrato assinado com seu próprio sangue, serviria o diabo a Fausto, em troca da sua alma. Entregue aos prazeres durante este tempo, é finalmente ao termo deles levado para o Inferno.
Tendo, porém, encontrado o amor de Margarida, dela tenta obter a salvação, mas foi inevitável o destino a que se comprometera.
O laboratório da alquimia
Lá estava o doutor Fausto a lamentar-se. Devorara até então quase todos os livros possíveis, de medicina, de leis, de teologia. Seduziu-se inclusive pela magia para ver se ela lhe alcançava "o império espiritual". Um enorme vazio foi o que restou. Viu-se "um pobre simplório... sábio como dantes, sou!". Pessimista, disse não saber nada direito e que luz alguma podia dar aos homens. Debruçado na sua mesa de trabalho, acabrunhado, contemplava o luar para ver ser a beleza prateada lhe abria um canal, dava-lhe inspiração, um sinal, um atalho qualquer, para o almejado conhecimento. Assim lamuriava-se o personagem-chave da obra-prima de Goethe.
Em Busca de Ar Puro
O estúdio de Goethe
Mas que nada, nem da Lua vinha qualquer ajuda. Confinava-se ele ao "abafador covil" em que morava, cercado pela livralhada, pelas mil tralharias de um alquimista profissional, e por inúmeras velas derretidas. Fora do seu quarto gótico, porém, a vida voltava a reclamar seus direitos. Chegava a primavera. Um ar novo e quente expulsava o triste inverno da Alemanha. Os ruídos da gente jovem e dos camponeses se faziam ouvir por toda a parte no vilarejo. Fausto resolveu sair ao ar livre acompanhado pelo seu discípulo Wagner.
Caminham os dois entre o povo alegre que saudou contente o doutor e seu aprendiz. Lembram-lhe, entre brindes e algazarra, ter ele salvo outrora muitas vidas quando, com coragem, combateu uma desgraçada peste que devastou a região. Nada porém arrancava-o da decepção e do mau humor. Confessou em reservado a Wagner, que talvez ele e o pai tivessem mandado mais gente para ao céu receitando drogas que lhes pareciam bons remédios, dos que eles conseguiram salvar das doenças. Enfim, o doutor Fausto era um desiludido, um niilista.
O Demônio
Então, sentados no campo, à beira do caminho, avistaram ao longe um enorme cão preto. O discípulo não viu nada demais nele. Aos olhos do doutor Fausto porém o animal inteiro brilhava. Chamou o cão para perto de si. Acreditou-o sem dono. Resolveu, porque não, levá-lo para casa. Ao chegar, o bicho tudo focinhou e para tudo rosnou, uivou ou ganiu. Fausto então, cansado da caminhada, sentou-se na sua poltrona e, sabe-se lá a razão, abriu o Novo Testamento.
Fausto, insuflado por Mefistófeles, tenta seduzir a jovem Margarida
Lendo-o, discordou da frase do Evangelho segundo S. João, que na tradução da Bíblia de Lutero dizia: "Im Anfang war das Wort", no princípio era o Verbo! Para Fausto tudo começara com a ação. Ao exclamar isso em voz alta teve a atenção voltada para o cão. Em segundos ele se transformou. Era espantoso.
Aparece Mefistófeles
Mefistófeles, o demônio moderno
Detrás do nevoeiro que, num repente, inundou o quarto, surgiu-lhe Mefistófeles. O próprio Satanás! Apresentou-se vestido como um goliardo, um andarilho medieval. Viera para tramar um pacto de sangue com aquele doutor desesperançado. Pausa. Goethe, neste primeiro encontro de Fausto com o Maligno, tomou-se de cuidados. O seu demônio não tem o visual que dele faziam no Medievo.
Nada de cheiro de enxofre, chifres, rabo ou cascos de bode. É um diabo da época do Iluminismo, um capeta secularizado. Aparenta ser igual aos humanos, ainda que imperando sobre ratos e insetos asquerosos. Trafega na sociedade com o desembaraço de um estudante ou de um fidalgo. Ele estaria atrás de Fausto e de tudo o que ele realizaria até o final do exaustivo livro de Goethe, cuja primeira parte surgiu em 1808. Considerava o homem como uma cigarra pensante, condenado a pousar em tudo, a cheirar coisas imundas, para logo em seguida desejar "as estrelas mais belas e os mais altos prazeres da Terra".
A Energia Satânica
Pois que assim seja! A extraordinária energia satânica incorporada por Fausto desde aquela soturna visita fez dele o símbolo do homem moderno: industrioso, apaixonado pela técnica, voando sobre os montes e as paisagens, um amalucado sem maiores pruridos pelos estragos que faz.
Hoje, quando olhamos ao derredor, vemos que as perplexidades que atormentaram o criador daquele mitológico personagem da modernidade - a mesma mistura de susto e fascínio que ele revelou perante a emergência assombrosa da ciência e da técnica - são as mesmas nossas.
Durante este tempo, conforme o contrato assinado com seu próprio sangue, serviria o diabo a Fausto, em troca da sua alma. Entregue aos prazeres durante este tempo, é finalmente ao termo deles levado para o Inferno.
Tendo, porém, encontrado o amor de Margarida, dela tenta obter a salvação, mas foi inevitável o destino a que se comprometera.
O laboratório da alquimia
Lá estava o doutor Fausto a lamentar-se. Devorara até então quase todos os livros possíveis, de medicina, de leis, de teologia. Seduziu-se inclusive pela magia para ver se ela lhe alcançava "o império espiritual". Um enorme vazio foi o que restou. Viu-se "um pobre simplório... sábio como dantes, sou!". Pessimista, disse não saber nada direito e que luz alguma podia dar aos homens. Debruçado na sua mesa de trabalho, acabrunhado, contemplava o luar para ver ser a beleza prateada lhe abria um canal, dava-lhe inspiração, um sinal, um atalho qualquer, para o almejado conhecimento. Assim lamuriava-se o personagem-chave da obra-prima de Goethe.
Em Busca de Ar Puro
O estúdio de Goethe
Mas que nada, nem da Lua vinha qualquer ajuda. Confinava-se ele ao "abafador covil" em que morava, cercado pela livralhada, pelas mil tralharias de um alquimista profissional, e por inúmeras velas derretidas. Fora do seu quarto gótico, porém, a vida voltava a reclamar seus direitos. Chegava a primavera. Um ar novo e quente expulsava o triste inverno da Alemanha. Os ruídos da gente jovem e dos camponeses se faziam ouvir por toda a parte no vilarejo. Fausto resolveu sair ao ar livre acompanhado pelo seu discípulo Wagner.
Caminham os dois entre o povo alegre que saudou contente o doutor e seu aprendiz. Lembram-lhe, entre brindes e algazarra, ter ele salvo outrora muitas vidas quando, com coragem, combateu uma desgraçada peste que devastou a região. Nada porém arrancava-o da decepção e do mau humor. Confessou em reservado a Wagner, que talvez ele e o pai tivessem mandado mais gente para ao céu receitando drogas que lhes pareciam bons remédios, dos que eles conseguiram salvar das doenças. Enfim, o doutor Fausto era um desiludido, um niilista.
O Demônio
Então, sentados no campo, à beira do caminho, avistaram ao longe um enorme cão preto. O discípulo não viu nada demais nele. Aos olhos do doutor Fausto porém o animal inteiro brilhava. Chamou o cão para perto de si. Acreditou-o sem dono. Resolveu, porque não, levá-lo para casa. Ao chegar, o bicho tudo focinhou e para tudo rosnou, uivou ou ganiu. Fausto então, cansado da caminhada, sentou-se na sua poltrona e, sabe-se lá a razão, abriu o Novo Testamento.
Fausto, insuflado por Mefistófeles, tenta seduzir a jovem Margarida
Lendo-o, discordou da frase do Evangelho segundo S. João, que na tradução da Bíblia de Lutero dizia: "Im Anfang war das Wort", no princípio era o Verbo! Para Fausto tudo começara com a ação. Ao exclamar isso em voz alta teve a atenção voltada para o cão. Em segundos ele se transformou. Era espantoso.
Aparece Mefistófeles
Mefistófeles, o demônio moderno
Detrás do nevoeiro que, num repente, inundou o quarto, surgiu-lhe Mefistófeles. O próprio Satanás! Apresentou-se vestido como um goliardo, um andarilho medieval. Viera para tramar um pacto de sangue com aquele doutor desesperançado. Pausa. Goethe, neste primeiro encontro de Fausto com o Maligno, tomou-se de cuidados. O seu demônio não tem o visual que dele faziam no Medievo.
Nada de cheiro de enxofre, chifres, rabo ou cascos de bode. É um diabo da época do Iluminismo, um capeta secularizado. Aparenta ser igual aos humanos, ainda que imperando sobre ratos e insetos asquerosos. Trafega na sociedade com o desembaraço de um estudante ou de um fidalgo. Ele estaria atrás de Fausto e de tudo o que ele realizaria até o final do exaustivo livro de Goethe, cuja primeira parte surgiu em 1808. Considerava o homem como uma cigarra pensante, condenado a pousar em tudo, a cheirar coisas imundas, para logo em seguida desejar "as estrelas mais belas e os mais altos prazeres da Terra".
A Energia Satânica
Pois que assim seja! A extraordinária energia satânica incorporada por Fausto desde aquela soturna visita fez dele o símbolo do homem moderno: industrioso, apaixonado pela técnica, voando sobre os montes e as paisagens, um amalucado sem maiores pruridos pelos estragos que faz.
Hoje, quando olhamos ao derredor, vemos que as perplexidades que atormentaram o criador daquele mitológico personagem da modernidade - a mesma mistura de susto e fascínio que ele revelou perante a emergência assombrosa da ciência e da técnica - são as mesmas nossas.
SYMPATHY FOR THE DEVIL
(Mick Jaegger/ Keith Richards)
Rolling Stones
Simpatia pelo Demônio
Simpatia pelo Demônio
Por favor, deixe-me apresentar
Sou um homem rico e de bom gosto
Estive por aí por muitos anos
Roubei a alma e destino de muitos homens.
Estava lá quando Jesus Cristo
Teve seu momento de indecisão e dor.
Certifiquei me de que Pilatos
Lavasse suas mãos e selasse seu destino.
Prazer em conhecê-lo
Espero que adivinhe meu nome.
Mas o que está te intrigando
É a natureza de meu jogo.
Estava por perto em São Petersburgo
Quando vi que estava na hora de uma mudança.
Matei o Czar e seu ministrosAnastazia gritou em vão.
Montei em um tanqueMantive a posição de General
Quando a guerra relâmpago enfureceu
E os corpos fediam.
Prazer em conhecê-lo
Espero que adivinhe meu nome.
Mas o que está te intrigando
É a natureza de meu jogo.
Assisti com alegria
Enquanto seus Reis e Rainhas
Lutaram por dez décadas
Pelos Deuses que criaram.
Gritei alto"Quem matou os Kennedys?
"Quando, no final das contas,Fui eu e você.
Por favor, deixe-me apresentar
Sou um homem rico e de bom gosto.
Deixei armadilhas para os trovadores
Que acabaram mortos antes de alcançar Bombay.
Assim como todo policial é um criminoso
E todos os pecadores são santos
E cabeças são caudas.
Simplesmente me chame de Lúcifer
Porque preciso de algum nome.
Então se encontrar-meSeja cortêz,
Seja simpático e tenha bom gosto
Use de toda etiqueta que conhece
Ou então tomarei sua alma.
Prazer em conhecê-lo
Espero que adivinhe meu nome
Mas o que está o confundindo
É a natureza de meu jogo.
(English Version)
Please allow me to introduce myself
Im a man of wealth and taste
Ive been around for a long, long year
Stole many a mans soul and faith
And I was round when jesus christ
Had his moment of doubt and pain
Made damn sure that pilate
Washed his hands and sealed his fate
Pleased to meet you
Hope you guess my name
But whats puzzling you
Is the nature of my game
I stuck around st. petersburg
When I saw it was a time for a change
Killed the czar and his ministers
Anastasia screamed in vain
I rode a tankHeld a generals rank
When the blitzkrieg raged
And the bodies stank
Pleased to meet you
Hope you guess my name, oh yeahAh,
whats puzzling you
Is the nature of my game, oh yeah
I watched with glee
While your kings and queens
Fought for ten decades
For the gods they made
I shouted out,
Who killed the kennedys?
When after all
It was you and me
Let me please introduce myself
Im a man of wealth and taste
And I laid traps for troubadours
Who get killed before they reached bombay
Pleased to meet you
Hope you guessed my name, oh yeah
But whats puzzling youIs the nature of my game, oh yeah, get down, baby
Pleased to meet you
Hope you guessed my name, oh yeah
But whats confusing you
Is just the nature of my game
Just as every cop is a criminal
And all the sinners saintsAs heads is tails
Just call me lucifer
cause Im in need of some restraint
So if you meet me
Have some courtesy
Have some sympathy, and some taste
Use all your well-learned politesse
Or Ill lay your soul to waste, um yeah
Pleased to meet you
Hope you guessed my name, um yeah
But whats puzzling you
Is the nature of my game, um mean it, get down
Woo, whoOh yeah, get on down
Oh yeah
Oh yeah!Tell me baby, whats my name
Tell me honey, can ya guess my name
Tell me baby, whats my name
I tell you one time, youre to blame
Ooo, whoOoo, whoOoo, whoOoo, who, whoOoo, who, whoOoo, who, whoOoo, who, whoOh, yeah
Whats me name
Tell me, baby, whats my name
Tell me, sweetie, whats my name
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